terça-feira, 9 de abril de 2013

Vacuidade

                                                        
Extraído de Transforme sua vida por Venerável Geshe Kelsang Gyatso.                                                      
                                                                                       
                                               
A vacuidade não é um “nada”, mas é a real natureza dos fenômenos.Verdade última, vacuidade e natureza última dos fenômenos são o mesmo.

É preciso saber que todos os nossos problemas surgem porque não compreendemos a verdade última.  ermanecemos na prisão do samsara porque, devido às nossas    delusões, continuamos a nos envolver  m ações contaminadas. Todas as nossas delusões surgem da ignorância do auto-agarramento.

A ignorância do auto-agarramento é a fonte de todos os nossos problemas e negatividades, e a única maneira de erradicá-la consiste em realizar a vacuidade. Não é fácil compreender a vacuidade, mas é extremamente importante nos esforçarmos para fazê-lo. Nossos esforços serão, por fim, recompensados com a cessação permanente do sofrimento e com o êxtase incessante da plena iluminação.

O propósito de compreender a vacuidade e meditar sobre ela é livrar nossa mente de concepções errôneas e aparências equivocadas, para que venhamos a nos tornar um ser completamente puro, ou iluminado.

Neste contexto, o termo “concepção errônea” refere-se à ignorância do auto-agarramento – uma mente conceitual que se agarra aos objetos como se fossem verdadeiramente existentes; e “aparência equivocada” refere-se à aparência de existência verdadeira dos objetos. Concepções errôneas são obstruções à libertação e aparências equivocadas são obstruções à onisciência. Só um Buda abandonou ambas as obstruções.

Existem dois tipos de auto-agarramento: de pessoas e de fenômenos. Com o primeiro, agarramo-nos ao nosso próprio eu e ao eu dos outros como se fossem verdadeiramente existentes; com o segundo, agarramo-nos aos demais fenômenos como se fossem verdadeiramente existentes. As mentes que apreendem nosso corpo e mente, nossas posses e o mundo como verdadeiramente existentes são exemplos do auto-agarramento de fenômenos.

A principal finalidade de meditar sobre a vacuidade é reduzir e, por fim, eliminar os dois tipos de auto-agarramento. O auto-agarramento é a fonte de todos os nossos problemas; nosso sofrimento é diretamente proporcional à intensidade do nosso auto-agarramento.

Por exemplo, quando nosso auto-agarramento está muito forte, ficamos aborrecidos até quando alguém nos provoca de brincadeira, ao passo que em outras ocasiões, quando está mais fraco, podemos até rir com a pessoa que nos provocou. Uma vez que tenhamos destruído por completo nosso auto-agarramento, todos os nossos problemas desaparecerão naturalmente. Até temporariamente, meditar sobre a vacuidade é muito útil para superarmos ansiedade e preocupações.

Para saber mais sobre a bodichita, consultar os livros Novo manual de meditação, Coração de sabedoria, and Oceano de néctar.

A prática confiar em um Guia Espiritual, ou ‘Guru Ioga’, é a raiz do caminho espiritual e o fundamento de todas as aquisições espirituais.

No budismo Kadampa, o Guru Ioga é praticado em associação com Je Tsongkapa, uma emanação do Buda da Sabedoria Manjushri.

O principal Guru Ioga de Je Tsongkapa é Oferenda ao Guia Espiritual, uma prática extensa que normalmente é realizada nos centros budistas Kadampa. duas vezes por mês, no décimo e vigésimo quinto dias,

Ela foi compilada pelo primeiro Panchen Lama, Losang Chokyi Guialtsen, como uma prática preliminar para o Vajrayana Mahamudra.

Embora a prática principal seja confiar no Guia Espiritual, ela também inclui todas as práticas essenciais das etapas do caminho (Lamrim) e do treino da mente (Lojong), bem como ambos os estágios de geração e de conclusão do tantra ioga superior.

O Guru Ioga é um método para receber as bênçãos do nosso Guia Espiritual. Aqui, o termo ‘Guru’ não pressupõe que nosso Guia Espiritual deva ser um indiano. Nosso Guia Espiritual é qualquer Professor espiritual que nos conduza sinceramente aos caminhos espirituais dando-nos instruções corretas.

Assim, nosso Guia Espiritual pode ser oriental ou ocidental, leigo ou ordenado, homem ou mulher. Nos dias de hoje, por exemplo, é muito possível encontrar um Guia Espiritual que seja uma mulher leiga ocidental. O termo ‘ioga’ neste contexto indica uma maneira especial de ver nosso Guia Espiritual.

Para saber mais sobre essa prática, consulte o livro Grande Tesouro de Mérito

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